A problemática da utilização da mão-de-obra indígena na solução da crise económica na colónia de Angola entre 1921-1937, trata-se de objecto de análise do presente artigo e tem como objectivo fundamental compreender a utilização da mão-de-obra indígena na solução da crise económica na colónia de Angola 1921-1937. No que se refere as questões metodológicas a pesquisa realizada, recorreu-se ao método histórico, o método dedutivo e servimo-nos, de igual modo, da técnica de pesquisa documental e da técnica de pesquisa bibliográfica. Importa referir que, por força da conjuntura política e económica a nível internacional, levou a ruína a economia da colónia de Angola, permitindo durante o período do Estado Novo português (1933-1974), o surgimento de determinadas legislações com intuito de fortalecer os mecanismos de controlo dos africanos através da codificação baseada na exploração da mão-de-obra indígena. O que se pretendia, na verdade, era dinamizar a economia da colónia, estimulando o trabalho livre e remunerado na produção agrícola a fim de dar salto rumo a recuperação económica. Confirmou-se ao longo da nossa abordagem que a mão-de-obra indígena foi, depois do crédito, o elemento importante a ser considerado, visto que, os dados apresentados no presente artigo mostraram enorme crescimento de certos géneros ricos solicitados na altura como o algodão, o milho e o café, respectivamente, permitindo maior número da sua exportação, fruto da acentuada produção indígena, contribuindo no processo da recuperação económica.
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Vol. 3 Nº 1 (2024): Dezembro: A Multiplicidade de Saberes Científicos: as diferentes abordagens no campo das ciências sociais
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